Tim Robbins em Sonho de Liberdade
- The best thing in life?
- Autonomia. A liberdade de ir e vir, intelectual ou física. That's the best thing!
- Apenas isso? Simples assim?
- Não, não é simples. Foi num filme horrível, que vi dia desses, de um diretor muito promissor no início dos anos 90, mas que degringolou completamente depois, ao render-se à Hollywood.
- Todo diretor hollywoodiano não vale nada? É isso que está dizendo?
- Não, não é isso. Estou falando especificamente desse cara, que é americano, por sinal... Mas ao se deparar com toda a parafernália hi-tech, despencou ladeira abaixo... Infelizmente... O primeiro filme dele é simples, direto, eficiente, criativo, refreshing, you know... Bah, mas depois foi só decepção... Ele tinha algo do Alex Cox nos anos 80, entende?
- Não...
- Bem, voltando ao filme, o único momento interessante estava no final! Imagine, tive que assistir toda a película para encontrar algo legal. O que fez me lembrar de um professor da universidade que dizia: "É preciso assistir tudo que é filme. Porque naquele que detestas, encontrarás algo que valha a pena". Em parte ele tinha razão... Tinha alunos que assistiam filmes do Arnold Schwarzenegger escondido do resto da turma. Era engraçado.
O tal diálogo do filme era o seguinte:
Carolina: What do you want in life?
El Mariachi: To be free...
Carolina: Simple.
El Mariachi: No.
- Só isso?
- Sim, porque quarta-feira irei assistir dois amigos tocando juntos. Foi um dos shows que mais quis ver em 2006, mas não tinha automia para isso. Você não tem idéia de como é devastador constatar tal impotência. Não importa o lugar, o que importa é andar com as próprias pernas, essa é a melhor coisa da vida! SIM, isso é o que importa! Entende?
- Não...
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4 comentários:
Detesto não conseguir fazer nada diante de uma situação, uma situação daquelas que não tem solução, que não é por um motivo ou outro, não, é que não dá!
Ah, tem um filme que eu não gostei de 99% dele, exceto a última cena, hehe... "Um filme falado".
Parece meio óbvio e até bobagem, se não fosse tão sutil, mas às vezes nos deixamos tolher, e muitas vezes nem percebemos quando isso acontece...
Olga gostei da maneira como vc escreve. Colocando diálogos.
Um beijo
eu entendo!
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