terça-feira, 9 de dezembro de 2008

The future is so bright...


Nothing can survive in a vacuum/No one can exists all alone

Final de tarde. Carro na estrada e um dos refrões mais contundente dos últimos meses: "How does it feel/To be without a home". E mais uma vez lembro de palavras ditas. A proximidade da música quando se está estrada afora. O que existia lá dentro? O que existe aqui dentro? Essa é a pergunta. Lá dentro tinha um casaco que um dia lhe foi dada a função de capa de chuva. Mas bastou uma chuvinha de verão em Santa Monica para seu posto ir, literalmente, água abaixo... Boas recordações: Adam um dia depois de um show, me levou nas costa e o casaco que me lembrava uma capa de um Lp com músicas do Leonard Cohen, estava lá...

Every day we're standing in a time capsule/
Racing down a river from the past/Every day we're standing in a wind tunnel/Facing down the future coming fast

Como testemunha existia ainda, recortes de 4 rapazes de uma cidade portuária, longe, bem longe de tudo que acontecia de quente no mundo rock, e mesmo assim, eles não desistiram e fronteiras foram lançadas, cada vez mais distantes... Não, não era apenas isso que existia... Depois um comentário vindo de um rio não menos distante, percebi que não interessava o que estava perdido por lá. Interessava sim, o que não estava perdido por cá. Eu sou a testemunha. Eu sou o que guardo, e isso não interessa mais. Não preciso provar que vivi. Eu sei que vivi e isso basta.

It's just the age/It's just a stage/We disengage/We turn the page.

Neil: Young, Peart, Halstead, Sedaka e Armstrong. Estão todos aqui e isso nenhuma estrada pode roubar! I turn the page, I disengage...Face down the future coming fast...

2 comentários:

Anônimo disse...

texto viajante, com movimento...

Sefronia disse...

De alguém que tirou o pé da estrada tem pouco tempo, bem pouco tempo... E tirou o pé da estrada, por enquanto, só por enquanto :)